Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Rio Branco, Ac

Ex-funcionários acusam empresário Neto Brito de calote trabalhista e uso de laranjas


Ex-funcionários de Neto Brito, ex-dono da casa noturna Tardezinha, denunciaram o empresário por atrasos no pagamento de salários e descumprimento de direitos trabalhistas. As acusações incluem o uso de nomes de familiares para evitar acordos judiciais determinados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Além da Tardezinha, as denúncias envolvem empresas supostamente ligadas a Brito, como Salu, Quintal dos Brothers e Paradiso Golden, formalmente registradas em nome de terceiros.


Luiz Felipe de Almeida, ex-funcionário do grupo desde 2018, revelou ter trabalhado anos sem carteira assinada e enfrentado atrasos salariais após a contratação formal. "Entrei com uma ação de rescisão indireta, fizemos um acordo, mas ele pagou apenas parte das parcelas. Além disso, vendeu a empresa utilizando nomes de laranjas, como sua esposa e filho", afirmou. Documentos apresentados por Almeida indicam um débito trabalhista superior a R$ 249 mil, com apenas R$ 20 mil negociados em acordo, mas não quitados integralmente.


Edryelle Silva, que trabalhou por quase quatro anos no Tardezinha, relatou ter sido demitida informalmente e enfrentado dificuldades para receber sua rescisão. "Recebi R$ 4 mil parcelados, mas quando fui sacar o FGTS havia apenas R$ 216 disponíveis. Acionei a Justiça, mas até hoje não recebi", contou.


Joelma Leite, garçonete no Tardezinha por cinco anos, está sem poder trabalhar formalmente devido à falta de baixa em sua Carteira de Trabalho. Ela ganhou uma ação no valor de R$ 237 mil, mas relata que nada foi pago porque Brito não tem bens em seu nome. "Agora meu advogado está tentando garantir meu seguro-desemprego", disse.


Outro ex-funcionário, Jonas Queiroz, acusa Brito de planejar os calotes. "Ele transferiu os bens para outros nomes, vendeu tudo, colocou em caminhões e foi embora do estado. Ele tem dinheiro, só não quer pagar", desabafou.


A advogada Luana Pessôa, representante de alguns ex-funcionários, reforçou que Brito adota práticas para burlar a lei. "Ele utiliza familiares como laranjas para ocultar patrimônio e fugir das responsabilidades. É um modus operandi recorrente", afirmou.


As denúncias destacam ainda a morosidade da Justiça do Trabalho em casos como esses. Segundo a advogada, ações que poderiam ser resolvidas em até um ano se arrastam devido às manobras do empresário. "Muitos funcionários nem entram com processos, pois acreditam que é perda de tempo. É um desrespeito à Justiça e aos trabalhadores", concluiu.


Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!