TRE-SP Determina Remoção de Vídeos Difamatórios de Pablo Marçal Contra Guilherme Boulos pela Segunda Vez
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) ordenou pela segunda vez a remoção de vídeos publicados pelo influenciador e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), nos quais ele acusa, sem apresentar provas, o deputado federal e também candidato Guilherme Boulos (PSol) de ser usuário de cocaína. As decisões foram tomadas após uma série de publicações feitas por Marçal nas redes sociais.
Na última sexta-feira (9), o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, já havia concedido uma liminar favorável a um pedido de direito de resposta feito por Boulos, ordenando que vídeos postados por Marçal após o debate realizado no dia 8 de agosto na TV Band fossem retirados do ar em até 24 horas. O magistrado destacou que as acusações eram puramente difamatórias e não tinham qualquer relevância no contexto político-eleitoral. "As afirmações estão lançadas nas redes sociais do requerido sem qualquer comprovação", afirmou Colombini.
Nesta segunda-feira (12), o juiz deferiu parcialmente um novo pedido de Boulos, relacionado a três outros vídeos publicados por Marçal em seu Instagram. Em dois desses vídeos, o influenciador voltou a se referir a Boulos como usuário de drogas, o que levou o magistrado a concluir que Marçal havia cometido novas ilegalidades.
No entanto, em relação a um terceiro vídeo, no qual Marçal discute a opinião de Boulos sobre a descriminalização das drogas, o juiz não encontrou ilegalidade ou abusividade. "Não verifico em referido vídeo propaganda negativa em relação ao autor; ao contrário: o último vídeo está inserido no exercício da liberdade de expressão e de comunicação", justificou Colombini.
O Metrópoles tentou entrar em contato com a assessoria de Pablo Marçal para comentar o caso, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para eventuais atualizações.
A disputa pela Prefeitura de São Paulo tem sido marcada por trocas de acusações entre os candidatos, mas o TRE-SP tem agido para garantir que a campanha se mantenha dentro dos limites legais e éticos, reprimindo práticas difamatórias que possam prejudicar o processo eleitoral.