Na madrugada desta terça-feira (18/3), as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza, marcando a primeira grande operação militar desde o cessar-fogo estabelecido com o grupo Hamas em janeiro deste ano.
Os bombardeios atingiram diversas áreas, desde a Cidade de Gaza, no norte, até Khan Younis, no sul, resultando em pelo menos 404 mortes e centenas de feridos, conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza.
O governo israelense declarou que os ataques tiveram como alvo lideranças do Hamas e infraestruturas estratégicas do grupo, classificado como organização terrorista por Israel e outras nações. A operação foi conduzida em parceria com a Agência de Segurança de Israel, responsável pela inteligência do país.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a ofensiva foi ordenada após o Hamas recusar a libertação de reféns mantidos em Gaza e rejeitar todas as propostas de negociação apresentadas. "Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente", afirmou o governo israelense, destacando que a operação pode se intensificar conforme necessário.
Informações preliminares indicam que o primeiro-ministro do governo do Hamas e o vice-ministro das Relações Exteriores do grupo foram mortos durante os ataques aéreos israelenses em Gaza. O líder do Hamas, Ezzat al-Rishq, declarou que os novos bombardeios representam uma "sentença de morte" para os reféns israelenses restantes no território. Estima-se que cerca de 59 reféns ainda estejam em Gaza, embora menos da metade deles seja considerada viva.
A escalada do conflito levou Israel a impor restrições adicionais às comunidades próximas à fronteira com a Faixa de Gaza. Escolas nas áreas afetadas tiveram as aulas suspensas como medida de precaução.
Antes dessa ofensiva, ataques menores já haviam sido registrados. No último sábado (15/3), nove pessoas morreram em um bombardeio ao norte do território, segundo profissionais de saúde locais. O cessar-fogo, iniciado em 19 de janeiro, previa uma pausa total nos ataques e a troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel. No entanto, o prazo da primeira fase do acordo expirou sem que todas as condições fossem cumpridas, levando à retomada das hostilidades.