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Tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump atinge US$ 1,5 trilhão em importações e entra em vigor nesta terça-feira (4/3)

Tarifaço de até 25% de Trump impõe medo e gera incerteza global

Por Sena News em 04/03/2025 às 10:35:51

Imagem retirada da internet

O governo dos Estados Unidos está prestes a implementar um novo pacote de tarifas sobre importações do Canadá, do México e da China. A medida, que entra em vigor nesta terça-feira (4/3), representa uma das maiores ações protecionistas da gestão de Donald Trump e pode impactar a economia global.

Haverá uma taxa de 25% sobre todas as importações canadenses e mexicanas – com exceção da energia do Canadá, que será tarifada em 10%. No caso da China, esse percentual sobe para 20%. O "tarifaço" será o mais abrangente da era Trump, aplicando-se a cerca de US$ 1,5 trilhão em importações anuais.

As medidas fazem parte de uma estratégia para fortalecer a indústria norte-americana, equilibrar relações comerciais e aumentar a arrecadação do governo. No entanto, especialistas alertam para possíveis impactos negativos na economia global, com aumento de preços e desestabilização do comércio internacional.

Mercado e países reagem ao tarifaço

O anúncio das tarifas causou impactos nos mercados internacionais. Na China, as bolsas de valores registraram queda nesta segunda-feira (3/3). O preço do ouro subiu, enquanto moedas asiáticas sensíveis ao comércio com Pequim se desvalorizaram. Nos EUA, o mercado futuro operou em alta, apostando em um possível adiamento das tarifas.

O governo chinês estuda medidas de retaliação, abrangendo principalmente produtos agrícolas americanos. Segundo o jornal estatal Global Times, a China pode taxar alimentos e outros produtos agrícolas dos EUA em resposta às novas tarifas.

O Canadá indicou que responderá com medidas equivalentes, caso as tarifas entrem em vigor. O primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que trabalha para evitar uma guerra comercial, mas, se necessário, adotará uma resposta "forte, inequívoca e proporcional". Entre as possíveis ações, está um imposto sobre a exportação de petróleo para os EUA, medida que poderia afetar diretamente os consumidores americanos.

O México também considera impor tarifas à China como forma de negociação com os EUA. A presidente Claudia Sheinbaum avalia que essa estratégia pode evitar punições comerciais impostas por Trump.

Possibilidade de adiamento

As tarifas ainda podem ser adiadas, tendo em vista que, anteriormente, as sanções contra o Canadá e o México foram suspensas. No entanto, qualquer trégua pode ser passageira, já que uma nova remessa de taxas impostas por Trump está programada para abril.

A incerteza gerada pelo tarifaço levanta questionamentos sobre o futuro das relações comerciais globais e pode impactar diretamente empresas e consumidores ao redor do mundo.

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