Em um movimento que abala os alicerces políticos de Sena Madureira, os vereadores Tom Cabeleireiro (PL), Maycon Moreira (PSD) e Lays Mayra (PSD) enfrentam a iminente ameaça de perderem seus mandatos por infidelidade partidária. As direções estaduais do Partido Liberal (PL) e do Partido Social Democrático (PSD) avaliam ingressar com ações na Justiça Eleitoral do Acre, acusando os parlamentares de desrespeitarem as diretrizes estabelecidas pelas legendas.
A controvérsia surgiu após os vereadores, eleitos como oposicionistas, passarem a apoiar a administração do atual prefeito, contrariando a orientação de seus partidos. A situação se intensificou durante a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, onde os três votaram em desacordo com as indicações partidárias. Notavelmente, Tom Cabeleireiro posicionou-se contra a candidatura de sua colega de partido, Ivoneide Bernardino (PL), à presidência da Câmara, ação que pode ser interpretada como infidelidade partidária.
Entenda a infidelidade partidária
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a infidelidade partidária ocorre quando um político não segue as diretrizes do partido ao qual é filiado ou abandona a sigla sem justificativa adequada. A legislação brasileira determina que o mandato eletivo pertence ao partido, e a Lei dos Partidos Políticos, em seu artigo 22-A, estabelece que perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, da legenda pela qual foi eleito.
Caso a Justiça Eleitoral do Acre reconheça a infidelidade partidária dos vereadores, eles poderão ser afastados de seus cargos, sendo substituídos pelos suplentes das respectivas legendas: Canário Roseno (PL), Dos Anjos e Sidney Araújo (PSD).
Este cenário adiciona uma camada de complexidade ao panorama político de Sena Madureira, deixando a população atenta aos desdobramentos que definirão o futuro da representação municipal.