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Famílias Acampadas na Aleac Denunciam Abandono: Estado e Prefeitura Não Garantem Alimentação Após 20 Dias de Protesto

Por Redação em 12/12/2024 às 14:14:24

Foto: Sérgio vale

Famílias que estão acampadas há cerca de 20 dias no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) relatam abandono por parte do poder público. Nem a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), nem o Governo do Estado, via Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, têm prestado assistência alimentar aos desabrigados.



A situação levou o Ministério Público do Acre (MP-AC), por meio do promotor de Justiça Thalles Ferreira Costa, a emitir um ofício no último dia 9, cobrando respostas imediatas. O documento foi direcionado à vice-governadora e secretária estadual de Assistência Social, Mailza Assis (PP), e ao secretário municipal de Assistência Social, Wellington Divino Chaves de Souza.


MP-AC Cobra Respostas e Medidas Imediatas

No ofício, o MP-AC solicitou informações sobre a situação cadastral das famílias e exigiu que, em até 24 horas, fossem adotadas medidas para garantir alimentação e nutrição adequadas aos acampados. A inação do poder público, segundo o MP-AC, pode configurar negligência em relação a direitos fundamentais, colocando em risco a dignidade e a saúde dos desabrigados.


No entanto, segundo os relatos das famílias, a única ação até agora foi a realização de um cadastro por parte do Governo do Estado. Gabriela Rocha, que está com a família no local, lamenta a falta de atitude concreta:


"A gente já está aqui há 20 dias e a única coisa que fizeram foi um simples cadastro. Estamos esperando uma resposta do poder público para solucionar nossa situação, que já está crítica. Está começando a faltar alimentos para as nossas crianças. Só queremos uma atitude para resolver isso."


Cenário de Abandono

O acampamento reúne famílias que, em sua maioria, enfrentam dificuldades extremas, como desemprego e falta de moradia. A presença de crianças no local torna a situação ainda mais preocupante, já que muitos dependem exclusivamente de doações para se alimentar.


Apesar da pressão do MP-AC, o silêncio das autoridades até o momento reflete uma grave omissão. Segundo a legislação brasileira, o acesso à alimentação adequada é um direito fundamental previsto pela Constituição, e sua violação pode acarretar responsabilização civil e administrativa.


População Exige Ação

Entidades de direitos humanos e lideranças comunitárias também têm cobrado uma resposta mais efetiva. A falta de assistência básica em um momento de vulnerabilidade expõe a fragilidade das políticas públicas de assistência social no Acre.


Enquanto o impasse persiste, as famílias continuam acampadas na Aleac, resistindo às adversidades e clamando por uma solução que lhes devolva dignidade e segurança alimentar.


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