A partir de 1º de janeiro de 2025, as mulheres poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas, marcando um momento histórico para a inclusão feminina no serviço militar brasileiro. Diferente do alistamento obrigatório masculino, o processo será destinado a jovens que completam 18 anos em 2025, nascidas em 2007. O prazo para inscrição termina no dia 30 de junho.
Nesta primeira fase, serão disponibilizadas 1.465 vagas em 28 municípios de 14 estados, distribuídas da seguinte forma: 1.010 para o Exército, 155 para a Marinha e 300 para a Aeronáutica. Segundo o Ministério da Defesa, a meta é ampliar progressivamente a participação feminina até que as mulheres ocupem 20% das vagas.
Como funciona o processo de alistamento
As candidatas poderão se inscrever presencialmente em Juntas de Serviço Militar ou de forma online. É necessário residir em um dos municípios contemplados pelo Plano Geral de Convocação, além de apresentar documentos como certidão de nascimento ou prova de naturalização, comprovante de residência e documento oficial com foto.
O processo seletivo inclui entrevistas, exames clínico-laboratoriais, testes físicos e outras etapas de avaliação. As candidatas poderão escolher entre Exército, Marinha ou Aeronáutica, mas a escolha final dependerá da disponibilidade de vagas, aptidão da candidata e exigências específicas de cada Força.
Direitos e deveres iguais
As mulheres selecionadas ingressarão como soldado, com designações específicas para cada Força, como marinheiro-recruta na Marinha. Após a incorporação, elas terão os mesmos direitos e deveres dos militares homens, podendo servir por 12 meses, com possibilidade de extensão por até oito anos.
A primeira turma será incorporada em 2026, com início das atividades nos períodos de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto. A iniciativa reforça o compromisso do Brasil com a igualdade de gênero e amplia a diversidade dentro das Forças Armadas.