Como funcionam as comportas do Guaíba: Proteção contra cheias em Porto Alegre
Após a enchente histórica de 1941, quando o Rio Guaíba atingiu 4,76 metros, Porto Alegre implementou o Sistema de Proteção Contra Cheias. Construído na década de 1970, esse sistema envolve diques, casas de bombas e, principalmente, 14 comportas para evitar que as águas do Guaíba invadam as partes baixas da cidade.
Extensão e Funcionamento do Sistema:
- O sistema tem 68 quilômetros de extensão, circundando toda a capital do Rio Grande do Sul.
- A cota de inundação do Guaíba é de 3 metros, mas recentemente, devido às chuvas, o patamar estava em 5,6 metros.
- O sistema inclui o muro da Avenida Mauá, onde parte das comportas está localizada, além do muro de concreto no Centro Histórico, casas de bombas e diques em diferentes pontos da cidade.
As Comportas:
- As 14 comportas são essenciais para barrar a água do Guaíba.
- Parte delas está no Muro da Mauá.
- Essas portas metálicas, com até cerca de 5 metros de altura, são fechadas em momentos de alerta.
- O processo de fechamento envolve o uso de uma retroescavadeira e a colocação de sacos de areia para vedar frestas.
- Esse procedimento pode levar até 40 minutos.
Outros Componentes do Sistema:
- Além das comportas, o sistema conta com quilômetros de diques (barreiras complementares) e casas de bombas (piscinas que retêm água até que ela possa voltar para o Guaíba).
- O Muro da Mauá, feito de concreto, também faz parte desse conjunto.
Desafios e Manutenção:
- Recentemente, uma das comportas se rompeu devido à força das águas, e há preocupação com o rompimento de mais uma.
- O sistema foi projetado para eventos extremos, mas a falta de manutenção é um problema.
- Estruturas como comportas e casas de bombas precisam de vistorias, testes e manutenção preventiva periódica para garantir a proteção da cidade contra inundações.