A fiscalização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na Ponte do Caeté tem gerado indignação entre os colonos da região. Segundo relatos, agentes do órgão estão proibindo a passagem de quadriciclos, mesmo quando os condutores utilizam capacete e seguem as normas de trânsito. A medida tem causado transtornos a trabalhadores rurais que dependem desse meio de transporte para resolver questões na cidade.
A insatisfação cresce ainda mais devido à aparente falta de uniformidade na aplicação das regras. Enquanto os colonos são impedidos de trafegar com quadriciclos, eventos locais como cavalgadas e festividades permitem o uso desse tipo de veículo sem restrições. Além disso, há denúncias de que caminhonetes transportando pessoas na carroceria continuam circulando livremente, apesar de essa prática ser proibida.
Diante do cenário, moradores de diversas comunidades rurais, especialmente dos ramais, organizam um protesto. Segundo informações obtidas, eles pretendem bloquear a ponte como forma de reivindicação.
Um morador da Gleba São Jorge, localizado no km 20, relatou a situação vivida recentemente ao tentar passar com seu quadriciclo para realizar consertos na cidade. Sem querer se identificar, ele desabafou:
"Fui barrado na ponte, mesmo usando capacete e tentando explicar minha situação. Precisei alugar um carro, mas minha condição financeira não permite isso toda vez que preciso ir à cidade. Me senti humilhado. Eu sou trabalhador, não sou vagabundo."
A revolta entre os moradores aumenta à medida que a fiscalização segue rigorosa apenas para alguns, enquanto outras infrações continuam sendo ignoradas. O DNIT ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.