Os rumores de insatisfação entre Alysson Bestene (PP), vice-prefeito eleito, e Tião Bocalom (PL), prefeito reeleito de Rio Branco, foram desmentidos pelo próprio Bestene em entrevista recente. Ele reafirmou que está comprometido com suas funções como vice e respeita a autonomia de Bocalom nas decisões de gestão.
"Fui eleito para ser vice-prefeito, e meu papel é apoiar a administração e substituir o prefeito quando necessário. As escolhas de equipe cabem exclusivamente ao gestor", declarou Bestene, refutando boatos de disputas internas ou reivindicações de secretarias.
Bestene deve assumir interinamente o cargo de prefeito nos primeiros dias de janeiro, período em que Bocalom planeja tirar 20 dias de descanso, após quatro anos de mandato sem férias.
O contexto político no Acre: alianças e tensões
Enquanto a relação entre Bestene e Bocalom segue em harmonia, outras movimentações políticas começam a ser desenhadas no estado. Fontes próximas à vice-governadora Mailza Assis indicam que ela aguardará o aval do governador Gladson Cameli para iniciar articulações visando 2026. "Não há pressa, mas também não haverá imposições", comentou um interlocutor.
A dinâmica política no Acre remete a lições do passado: o início do governo Gladson foi marcado por tensões com deputados estaduais, que culminaram em exonerações de cargos indicados pelos parlamentares. Hoje, lideranças como Nicolau Júnior (PP) defendem o diálogo direto com o governador para evitar conflitos desnecessários.
Com um cenário nacional em transformação e novos desafios regionais, a política acreana parece estar em fase de ajustes estratégicos, buscando maior estabilidade e alianças sólidas.