O vereador Elvis Dany fez um discurso contundente na sessão da Câmara Municipal de Sena Madureira nesta terça-feira (10), denunciando o que classificou como "manobras de má fé" da atual gestão municipal em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024. Ele destacou a importância da matéria para o funcionamento da próxima administração e criticou a redução do limite para créditos suplementares, que, segundo ele, prejudica a flexibilidade administrativa do gestor eleito e, consequentemente, a população.
Entraves afetam o futuro da cidade
Durante sua primeira fala, Elvis Dany contextualizou a relevância da LOA, que define as diretrizes e limites de gastos para o próximo ano. O vereador afirmou que, embora a proposta seja enviada pelo Executivo, a aprovação cabe à Câmara Municipal, com base nos pareceres das comissões de Constituição e Justiça e de Orçamento e Finanças.
"Recebemos a lei e os pareceres estão prontos desde a sessão passada. Porém, há uma trava interna impedindo sua votação. A gestão atual, que antes propunha 40% para créditos suplementares, reduziu para 10% após o resultado eleitoral, dificultando o trabalho do prefeito eleito", afirmou.
Dany apontou que a mudança representa uma tentativa de criar entraves para o inÃcio da nova gestão. "Isso demonstra má intenção do Executivo, impactando negativamente toda a população de Sena Madureira."
Apelo por celeridade e confiança no futuro gestor
Na segunda intervenção, o vereador reforçou seu apelo à mesa diretora, presidida pela vereadora Ivonete, para que a LOA seja incluÃda em pauta. Ele afirmou que buscou resolver o impasse por vias administrativas, mas não obteve respostas claras sobre a demora.
"Confirmamos com a assessoria jurÃdica que a matéria está pronta para votação. No entanto, a presidente insiste que a decisão de incluÃ-la é discricionária, criando incertezas desnecessárias", destacou.
Elvis Dany também rebateu crÃticas de que teria sido contrário à flexibilização de créditos suplementares em momentos anteriores. "Defendemos os 40% porque confiamos na credibilidade do prefeito eleito. Se fosse possÃvel, entregarÃamos 100%, pois sabemos que os recursos serão bem aplicados."
A população exige boa fé e compromisso
O vereador encerrou cobrando transparência e celeridade na votação da LOA. Segundo ele, a demora favorece apenas o atual Executivo, que tenta dificultar o planejamento do próximo governo.
"Temos votos suficientes para aprovar os 40%, que é o mais justo para a cidade. Pedimos que esta Casa atue com boa fé em relação à comunidade de Sena Madureira."
A sessão evidenciou o clima de tensão polÃtica entre a gestão atual e o grupo eleito, ressaltando a necessidade de priorizar os interesses da população durante a transição administrativa.